A lombalgia é a dor que ocorre na região lombar inferior. A lombociatalgia é a dor lombar que se irradia para uma ou ambas as nádegas e/ou para as pernas na distribuição do nervo ciático. Pode ser aguda (duração menor que 3 semanas), subaguda ou crônica (duração maior que 3 meses). A lombalgia é um problema extremamente comum, que afeta mais pessoas do que qualquer outra afecção, sendo a segunda causa mais comum de consultas médicas gerais, só perdendo para o resfriado comum.
Entre 65% a 80% da população mundial desenvolve dor na coluna em alguma etapa de suas vidas, mas na maioria dos casos há resolução espontânea.
Mais de 50% dos pacientes melhora após 1 semana; 90% após 8 semanas; e apenas 5% continuam apresentando os sintomas por mais de 6 meses ou apresentam alguma incapacidade.
Outra ocorrência comum é a dos chamados “atletas de fim de semana”, pessoas que passam a maior parte dos dias como sedentários e se aventuram em atividades físicas intensas e extenuantes apenas uma vez por semana, seja um jogo de futebol, uma trilha ou ainda uma caminhada longa.
O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês) indica que a maioria dos casos é de dor aguda, de curta duração, que permanece por alguns dias ou poucas semanas e se resolve sozinha, com alguns autocuidados, e desaparecendo sem deixar sequela ou perda de função.
Como existe um grande número de estruturas na coluna (ligamentos, tendões, músculos, ossos, articulações, disco intervertebral) há inúmeras causas diferentes para a dor.
Somando-se a isso há inúmeras doenças sistêmicas não reumatológicas que podem manifestar-se com dor lombar.
A maioria das dores lombares é causada pelo “mau uso” ou “uso excessivo” das estruturas da coluna (resultando em entorses e distensões), esforços repetitivos, excesso de peso, pequenos traumas, condicionamento físico inadequado, erro postural, posição não ergonômica no trabalho e osteoartrose da coluna (com o passar do tempo, as estruturas da coluna vão se desgastando, podendo levar à degeneração).
O raio x simples geralmente é o primeiro exame. Outros exames incluem a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e a mielografia, todos com indicação criteriosa e embasada em hipótese diagnóstica. Achados anormais em um exame de imagem não necessariamente explicam a causa da dor, ou seja, pessoas sem qualquer sintoma podem apresentar em exames alterações estruturais na coluna que talvez nunca causarão dor ou outros sintomas assim como pessoas com sintomas de dor podem apresentar exames absolutamente normais. Portanto os exames de imagem sempre devem ser analisados caso a caso e correlacionados com as manifestações de cada pessoa individualmente.
A lombalgia pode ser classificada em dois tipos: aguda e crônica. O que as diferencia é a duração dos sintomas.
• DOR LOMBAR AGUDA – A lombalgia aguda acontece por lesão repentina (como um estiramento muscular, por exemplo), sendo geralmente uma dor intensa que aparece após um esforço físico ou um movimento inadequado.
Felizmente, a lombalgia, na maioria dos casos, costuma ir embora sozinha dentro duas a quatro semanas.
Se a dor se prolongar por mais de seis semanas, devem ser feitas investigações para a confirmação do diagnóstico, avaliação do tratamento.
• DOR LOMBAR CRÔNICA – Já a lombalgia crônica pode acometer pessoas de todas idades – embora seja mais frequente a partir da quarta década de vida – e se apresenta com dor moderada a intensa, de duração superior a três meses e com importante incapacitação física. Ainda que possa aparecer em qualquer pessoa, sabe-se que o pico desse diagnóstico é entre a quarta e a sexta década de vida, ou seja, em pessoas de idade ativa.
Segundo o NIH americano, cerca de 20% das pessoas afetadas por dor aguda acabam evoluindo para um quadro crônico, com sintomas que chegam a persistir por um ano. Em indivíduos com menos de 45 anos, a lombalgia mecânica representa a causa mais comum de incapacitação e, em geral, está associada a uma lesão ocorrida no trabalho.
Já em indivíduos com mais de 45 anos, a lombalgia mecânica é a terceira causa mais comum de incapacitação.
Alguns dos diagnósticos comuns para esse tipo de dor incluem lombalgia músculo-esquelética – como a dor lombar pela síndrome dolorosa miofascial, hérnia de disco, degeneração do disco, distensão muscular, estenose da medula espinhal, compressão por fratura devido à osteoporose, e artrites (osteoartrose ou artrite reumatoide, por exemplo).
• FATOS E NÚMEROS – Até 90% das crises de lombalgia se resolvem em no máximo seis semanas.
No entanto, 60% das pessoas podem apresentar uma nova crise em até 2 anos.
A Quiropraxia tem o objetivo de anular este ciclo vicioso, indo diretamente na causa da dor e através dela, eliminando os sintomas tanto crônico, quanto agudos. A quiropraxia acaba normalizando o funcionamento mecânico do corpo e consequentemente, reduzindo os sintomas de dor e inflamação da sua lombar.